segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Vem aí de novo a CPMF

Cidadãos, contribuintes diretos ou não. Já está gestado novo tributo para pagarmos.
Não bastasse a altíssima carga tributária a que todos os cidadão viventes neste país estão sujeitos, mas um tributo em breve deve voltar a escorchar nossas economias. E mais, não tem como se fugir dele. Todas as operações bancárias estarão sujeitas a ele. Trata-se da nova versão da CPMF, extinta em 2008, por uma jogada política, que acabou contemplando o povo que não mais aguentava pagar este tributo.
A previsão de volta deste tributo é para o início do novo governo, que vai fazer o lançamento de mais esta carga nas costas dos cidadãos deste país. A justificativa para o retorno do mesmo é a mesma da primeira vez, qual seja, a de promover investimentos na saúde que estão abaixo da crítica.

Pois bem: tal qual na primeira vez, agora também não tratou o instituidor do tributo, o Governo Federal, de criar mecanismos de verificação e aferição dos gastos públicos, que continuam excessivos e mal geridos.
Infelizmente é mais fácil criar nova fonte de custeio do que melhor gerenciar as já existentes. E nem é preciso dizer aqui que os serviços públicos são deficientes, nos obrigando a contratá-los novamente junto à iniciativa particular, se o quisermos ter.
A criação da nova CPMF vai se dar, mesmo sabendo todos nós que o Governo Federal terá à sua disposição o aumento do (IOF) de 2% para 6% sobre o dinheiro estrangeiro que vier a ser aqui aplicado para fins de especulação, dando uma renda extra de cerca de R$3 bilhões. Também terá à sua disposição, por conta da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) que vai se cobrar de empresas exportadoras mais cerca de R$6,2 bilhões. Contará ainda com mais um REFIS, o 4, que poderá trazer mais R$7,6 bilhões.
Sabemos que estamos num país em desenvolvimento, cuja demanda por investimentos é muito grande e como tal exige grande arrecadação. Mas não seria mal se o Governo Federal olhasse por nós, os pagadores de tributos e procurasse fazer um planejamento adequado nos gastos como nós esperamos enquanto nação trabalhadora e pagadora de tributos.